Uma pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) diz que 12% da população brasileira com mais de 15 anos é analfabeta, ou seja, tem a televisão como uma das únicas fontes de informação. Essa pesquisa despertou o interesse de diversos pesquisadores, que começaram a se preocupar com o impacto e a influência da mídia sobre a opinião pública e o comportamento humano.
Na sociedade em que vivemos, na qual o bem mais escasso é o tempo, a TV transformou-se num membro das famílias, repartindo nossa intimidade e acompanhando nosso percurso existencial. É inegável que a televisão constitui uma forma de diversão e informação e é através dela que as pessoas entram em contato com outros mundos, povos e culturas. Mas será que toda sua programação tem esse significado construtivo?
Infelizmente não. Estamos vivenciando uma crescente degradação moral propiciada por inúmeras atrações de TV. Sexo, violência, traição e principalmente nádegas e mamas são apresentadas a qualquer hora do dia e muitas vezes encaramos isso como “normal”. Devemos parar e refletir sobre o que estamos recebendo em nossas casas.
Considerando que a mídia tem papel importante na formação da identidade das pessoas, especialmente dos jovens, é lamentável observar que esta geração está sendo influenciada por um conteúdo televisivo cada dia mais sexual e violento. A TV também manipula o pensamento das pessoas e consegue criar e destruir imagens de acordo com o que lhe convém.
A maior preocupação é com o futuro destes jovens que interiorizam modos de comportamentos e valores que são exibidos e não desenvolvem a capacidade de questionar e construir ideias sobre estas informações.
Os estudiosos do campo da comunicação são unânimes em afirmar que a mídia influi na opinião pública, mas também é reflexo dela. Assim, podemos estabelecer algumas semelhanças entre a degenerada raça humana cada vez mais soberba, gananciosa e imoral e esta programação de TV tão fútil que temos em nosso país. É claro que existem programas altamente educativos, mas estes são ofuscados perante a horrenda maioria que é, no mínimo, ultrajante.
O doutor em história social Marcos Napolitano diz que temos que assistir à televisão com um olhar crítico. O importante é saber usá-la no cotidiano, não sendo usado por ela. É por isso que a TV não pode ser vista nem como vilã sem conserto e nem como inquestionável heroína. A influência existe e não pode ser desprezada. Por isso, quanto mais senso crítico tivermos em relação a ela, mais condições teremos de colocar esse veículo a nosso favor.
Em suma podemos dizer que a televisão serve tanto para entreter como para (des) informar e (des) educar as pessoas.

Category: | 1 Comment

1 comments to “TV: A TENDÊNCIA QUE DESCONSTRÓI”

  1. Isaac Parabéns pelos textos, vc tem talento.
    Abraços

    Carmem Pérez